OFICINA
Eu gosto da minha aldeia. E da oficina do meu Pai, do meu Tio, do meu Avô. Em frente a ela vivi eu 25 anos da minha vida. Voltar nas férias de Agosto, depois de dois anos fora, deixa-me ver a aldeia de outra forma, com os olhos de quem mora agora na cidade, lugar onde se me perdeu o sentimento de pertença. Voltar à aldeia é voltar às caras familiares em que tropeço cada dia, que me vêm dizer alegremente que não mudei nada desde a última vez em que me viram. E familiar é também a oficina. Os seus sons e os seus cheiros. A vida serena. A família. Quero sempre voltar aqui. (2018)


